Cem Anos de Malhação (Melquíades e a alma das coisas...)

O mítico cigano Melquíades (do livro de Gabriel Garcia Marques) dizia que todas as coisas têem uma alma. É preciso é saber acordá-las.   Você já reparou o seu automóvel abanar o rabinho pra você, como um cãozinho de estimação, num parque com centenas de automóveis, e você reconhecê-lo?   Também o material do ginásio é assim comigo. Dou Bom Dia a eles quando abro o ginásio, e Boa Noite quando fecho. Reconheço as máquinas, os cabos, as pegas, os halteres!

Quando visito outro ginásio, observo, interajo (está na moda esta palavra) e converso previamente com o material que vou usar.

Se você pensar um pouco vai se dar conta da infinita serventia do material para consigo e para com os seus amigos do ginásio. Tens de definitivamente, aprender a cuidar deles, assim como a serventia deles ajuda a cuidar de ti.
Servem sem contestação a um iniciado e a um atleta avançado, sem descriminá-los, num ciclo exótico/excêntrico/concêntrico/crónico (e desapercebido). Tal qual Garcia Marques e a escrita de Melquíades, em 100 anos de solidão.